18/05/2021
Nesta segunda-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação para definir um valor fixo em casa Estado para o ICMS que incide sobre os combustíveis.
A medida relatada pelo presidente, é já antecipando que deve sofrer uma derrota no Congresso na votação de um projeto de lei elaborado pelo Executivo, referente ao tema.
“Entramos com um projeto lá, pedimos urgência e acho que vou ser derrotado, para que cada Estado defina um valor fixo do ICMS… Como devo perder isso daí, só tenho um caminho, vou depender do STF. É o que temos no momento”, disse Bolsonaro a apoiadores ao sair do Palácio da Alvorada nesta manhã, de acordo com vídeo divulgado nas redes sociais.
“Seria talvez uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) por omissão para a gente definir o preço do ICMS”, afirmou.
O ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - é calculado atualmente com um percentual em cima do valor cobrado pelas refinarias. A intenção do presidente com o projeto de lei enviado ao Congresso era que a cobrança passasse a ser feita com um valor fixo em reais, como a Cide, uma contribuição federal que também incide sobre os combustíveis.
Bolsonaro tem reclamado das críticas feitas ao governo federal pelo preço alto dos combustíveis, alegando que os governadores têm a maior responsabilidade devido ao ICMS.
Segundo Bolsonaro, não é possível saber qual a composição do preço do combustível em termos tributários atualmente, e a população coloca a culpa nele.
“Tem Estado que é um estupro o ICMS. E o pessoal me culpa. Então queremos a definição. O Estado cobra o que quiser, mas ele que diga o que está cobrando, porque hoje em dia você não sabe disso. Aí quando aumenta a gasolina o pessoal me culpa”, afirmou.
O presidente lembrou ter reduzido por dois meses –a partir de março– a incidência do PIS/Cofins sobre os combustíveis, mas disse que a medida não serviu para reduzir os preços “na ponta da linha”.
Fonte: com informações da Reuters